Quando pensamos em comprar casa com crédito habitação temos de fazer contas a todos os custos envolvidos. Vamos ter de considerar o valor dos capitais próprios e uma outra parcela que pode ser bastante significativa – os impostos e custos bancários!

O Banco de Portugal determinou, a partir de 2018, que todas as operações de compra de imóveis com recurso a crédito habitação, deixavam de poder ser financiadas a 100%, o que implica que seja necessário, pelo menos, 10% do valor de compra do imóvel, ou nalguns casos 20%, 30% ou mais de acordo com a tipologia do crédito ou as condições da pessoa que financia a casa.
Num imóvel que esteja à venda por 100.000€, cuja finalidade seja habitação própria permanente e o crédito contratado por um cidadão de nacionalidade portuguesa, por exemplo, são necessários 10.000€ de capitais próprios. Este negócio vai implicar também os outros custos:

- Impostos sobre a compra
- Custos de notário
- Custos do processo bancário
- Impostos sobre o crédito
No caso acima descrito temos:
- IMT a Pagar: 151,86 € / Imposto de Selo: 800€
- Registo e Notário: cerca de 500€
- Custos bancários: cerca de 1.400€
- Imposto sobre o crédito: 540€

Total de custos: 3.240€

Isto significa que, para além dos 10.000€, teria de ter mais 3.300€. Este valor tem tanta mais relevância quanto maior for o valor da compra e do crédito. Por exemplo para uma compra de 200.000€ com um financiamento de 180.000€ serão cerca de 10.000€. Este valor a acrescer aos 20.000€ de capitais próprios que teria de dispor.

Haverá a tentação de querer considerar fazer um crédito pessoal para fazer face a estes custos o que, para além de ir contra as regras do Banco de Portugal, poderá invalidar todo o processo de crédito.